“…pela primeira vez
nos últimos cem anos, o território nacional e o nosso povo, estão a ser
empurrados para o teatro de guerra das grandes potências imperialistas, como
alvos e reserva de carne para canhão.”
A recente publicação da sondagem da Pitagórica, encomendada por quem controla a comunicação social, tem duas contradições que questionam o seu valor científico: ao considerar uma margem de erro e de previsões de mais de 5%, põe em causa a legitimidade do pódio dos candidatos mais votados. Pódio esse que é questionado também pela revelação que aumentaram os indecisos.
Então, esta sondagem serve apenas para que os partidos que
apoiam os seus candidatos e os comentadores contratados, construam um discurso
de meia vitória, que tem um claro objetivo comum: apoucar a candidatura de
Gouveia e Melo.
Ao desprezarem o indicador subida dos indecisos e ao não
estudarem a evolução da abstenção,
tornam as previsões em pura lotaria ou, pior, propaganda tendenciosa.
A única certeza que detetam é o risco de falência do
candidato de extrema direita, que todas as TV e a maioria dos órgãos de
comunicação, mais uns largos milhares de perfis falsos no Facebook e quejandos,
se esforçam por salvar. Na minha ronda pelos dois mundos de Portugal, o urbano
e o rural em agonia, encontrei uma nova corrente, genuinamente popular, de
repulsa pelo discurso de ódio do candidato do Chega e dos seus líderes.
Nesta teia de enganos, continuo a recomendar aos meus
conterrâneos os pequenos artigos que escrevi sobre o programa das candidaturas
e a sua posição face aos riscos de subversão da Constituição, antes mesmo da
sua revisão formal, e que só a eleição
de Gouveia e Melo pode impedir: porque os partidos constitucionalistas, à
esquerda não dispõem de movimentos populares organizados capazes de enfrentar o
golpe constitucional marcado já para o ano de 2026, por forças políticas
revisionistas que, para além do Chega, atravessam a AD e chegam ao PS.
Em Portugal não há partidos de extrema-esquerda, são todos
constitucionais e optaram pela via democrática eleitoral para disputar o poder.
Mas existem forças de extrema-direita, que usam o terreno
legal e se têm infiltrado na polícia e nas forças armadas, nas estruturas da
administração pública e do poder, com o objetivo de preparar e organizar
roturas no tecido democrático, células e ações violentas.
Os ovos da serpente estão a ser chocados pelo ódio à
imigração e ao programa de democratização e descolonização do MFA, a bolha imobiliária, a privatização dos
últimos anéis do estado democrático e social, liberalização que é a fonte
principal da corrupção, pela militarização da Europa, e a distorção dos
conceitos estratégicos de segurança e defesa nacional_ pela primeira vez nos
últimos cem anos o território nacional e o nosso povo, estão a ser empurrados
para o teatro de guerra das grandes potências imperialistas, como alvos e
reserva de carne para canhão:
Sim, como alvos: vamos produzir drones para perpetuar a
guerra na Ucrânia e alvejar a Rússia?
Vamos mentalizar os nossos militares para porem as botas nas Fronteiras
da Federação Russa? Fazer das Lajes uma base de exportação das armas
estadunidenses para o genocídio, o bombardeamento e a execução dos seus
adversários?
Vamos , com o nosso silêncio cúmplice, deixar que a agressão militar dos EUA devaste
a Venezuela e semeie destruição e morte a que não escapará a nossa comunidade
de 600.000 portugueses e luso descendentes?
O ministro da defesa
lidera este caminho , e os negócios das armas, e o governo está cego e não reconhece a necessidade de elaborar uma estratégia de
segurança e defesa nacional, que nos defenda da guerra, das máfias terroristas
que se instalaram a ocidente e são os verdadeiros líderes dos carteis_ da
droga, do tráfico humano, da emigração clandestina que atuam nos países latinos
e asiáticos e agora também na África, países subdesenvolvidos e sobre
explorados. Uma estratégia que garanta a nossa soberania no mar e na terra!
Há outro candidato presidencial, que possa cumprir tal
missão histórica?

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