23.11.11

A manifestação dos militares de 12 de Novembro e a democracia

“…O significado político da sua manifestação e falo como paisano, comparo-a à grande manifestação dos professores contra a política do anterior governo, que foram capazes de superar divisões e preconceitos, ocupando o lugar das vanguardas burguesas e operárias que agiam em defesa, não apenas dos seus interesses de classe, mas do que consideravam causa pública e nacional.”

7.11.11

Entre o caos e a reforma, o “perdão” é uma “meia culpa”

Perdão ou meia-culpa?

O primeiro-ministro e o presidente da República afirmam que estão contra um eventual” perdão da dívida” a Portugal, por extensão do que vai ser concedido à dívida grega, porque, enquanto houvesse memória, os mercados financeiros continuariam a desconfiar de Portugal e a não querer financiar a dívida portuguesa.
Discordo do conceito de perdão, que pressupõe, do outro lado uma entidade íntegra, perfeita e omnisciente, detentora da verdade e das virtudes em economia, isto é, os “mercados financeiros”. Ora, a dívida grega a 10 anos chegou a atingir um juro de 75%, e não me parece que haja na economia real nada que justifique este nível de juros, do valor do dinheiro no mercado, a não ser a “culpa” da mais desenfreada especulação.