15.1.16

Concentrar votos



Marcelo Rebelo de Sousa  não  representa a continuidade da política austeritária, o que revela a dimensão profunda da derrota dessa política em Portugal.
Ao colocar-se politicamente ao centro, próximo da direita mas também da esquerda (ele apoia o projeto de 4 anos de legislatura do atual governo PS de centro esquerda, como já o fizeram o BE e o PCP), Marcelo deu à direita um novo rosto democrático e social, que já não tem expressão política nas lideranças do PSD e do CDS, mas representa a consciência política da sua base social de apoio e dos mais de 4 milhões de abstencionistas.
Esta sondagem assenta em apenas 17% de abstenções. É um logro, a abstenção chegará acima dos 40% e isso significa que Marcelo descerá para um valor na ordem dos 45% a 48%.
Mas só a concentração dos votos dos candidatos alternativos a Marcelo naquele que estiver  melhor colocado, logo na primeira volta, impedirá a sua vitória, o que implica a desistência dos restantes, assumida com clareza na última semana de campanha.
O inimigo principal do povo português e da soberania nacional continua a ser a oligarquia financeira internacional, que hoje manda nos partidos conservadores da UE que controlam Bruxelas e o Eurogrupo; e se, num futuro próximo, se desencadear em Portugal uma crise geral nacional, Marcelo não é o presidente para a enfrentar.

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