19.8.23

Dos mercenários, face à democracia


A substituição das Forças Armadas, da sua ética e da sua função social e moral, apoiada nas convenções internacionais, por empresas mercenárias e por grupos armados ligados aos serviços secretos que cumprem missões de terrorismo de estado, é um fenómeno da nossa era, que alastra como uma mancha de óleo sobre as bandeiras dos exércitos nacionais e as campas dos seus mártires.
Desse mundo sinistro, pouco ou nada sabemos, e foi preciso a guerra na Ucrânia para que o grupo Wagner fosse denunciado, enquanto permanecem na sombra: Academy (Blackwater), Defion International, Triple Canopies, Garda World, G4S Secure Solutions...
Não entendo como os governos democráticos aprovaram o estatuto destas empresas, nem a coexistência dos responsáveis militares com este negócio de sangue, nem a indiferença das opiniões públicas, que só posso explicar pela cortina protetora que a comunicação social, por omissão, representa.

2 comentários:

acmc52 disse...

Dinheiro & Poder.
Razão da legalização, destes Esquadrões da Morte.

Anónimo disse...

Como foi possível?