O conteúdo da mensagem dos filhos de Jorge Sampaio (ver anexo) foi como a entrega à comunidade nacional de sua herança política e moral. Num país onde já chegaram as novas correntes de ódio partidário, autoritárias, racistas e não apenas para com os negros, mas contra os árabes, muçulmanos, chineses, como para com todos, na sua nação e outros povos, que ousam escolher o seu próprio caminho para o progresso, a democracia e o socialismo; e num mundo onde a guerra económica e o terrorismo de estado, a ingerência estrangeira e o abandono à sua sorte dos países pobres vítimas da guerra, da pandemia e da crise ambiental, se tornaram aceitáveis e toleráveis, o testemunho de uma vida e do mandato do presidente de um pequeno país, que os afrontou, com a espada da soberania democrática e a força moral da utopia social, legou-nos a todos o imperativo da responsabilidade de continuar a abrir um tal caminho.
Se Sampaio pudesse responder, do outro lado da morte, talvez pedisse a Jorge de Sena ( o autor do poema recitado em sua homenagem no Mosteiro dos Jerónimos), que lhes lesse a Carta aos Meus Filhos, que aqui reproduzo, para os meus concidadãos.
https://www.youtube.com/watch?v=ggoc8v0dgD0
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