AQUI
SE ESPELHAM TODAS AS TENDÊNCIAS POLÍTICAS EUROPEIAS, NA RELATIVA CALMA QUE
ANTECEDE A NOVA CRISE FINANCEIRA.
Os
votos totais do PS representam 20% do eleitorado. Este valor significa que o
povo português não quer que governe sozinho.
Essa
é a primeira razão para o PS dar continuidade à anterior aliança política. Com
ela, aumenta a base de apoio do seu governo.
Em
nome dessa estratégia, elegeu o Livre o seu primeiro deputado, em Lisboa, onde
a cultura política é mais elevada e que representa a corrente europeísta
democrática, que cresceu em toda a União Europeia, contra a aliança de
conservadores e socialistas, que geraram a Troika e contra os ultra
nacionalistas autoritários, que tomam o poder no Leste e crescem no centro e sul
da Europa (a Itália), em consonância e com o apoio efetivo do governo de Trump.
A
segunda razão para renovar a aliança, é que os partidos socialistas estão a
desaparecer na Europa, o mais poderoso financeiramente, o Alemão e aquele que
representava um maior apoio popular num país avançado, o francês.
Aquela
aliança e um programa mínimo de defesa dos direitos democráticos, deu ao PS uma
maior sobrevida e esperança ao que resta da Internacional Socialista europeia..
A
queda do PCP não se deve à aliança com o PS, mas, sobretudo, à falta de uma
alternativa de socialismo, mais do que para Portugal, para o mundo! E ao
progressivo desaparecimento das cinturas industriais e das suas cidades
dormitório, tal como da grande massa de proletários rurais portugueses (No
mundo rural, já predominam outra vez os novos proletários, mas muitos são
imigrantes ou pertencem a uma outra geração).
A
estagnação do BE é o preço a pagar por demasiado investimento no trabalho
eleitoral e muito pouco nas grandes causas da humanidade; a mobilização
nacional contra os juros usurários que se abatem sobre o estado democrático, as
empresas, as famílias e os próprios bancos nacionais, a causa da paz, a crise
ambiental ( a colagem à causa ambiental, por ser utilitarista, não é credível…)
Da
projeção internacional da causa ambiental e do trabalho de formiga, mesmo que
ás vezes pareça radical ou seja, de facto, mal fundamentado ou explicado,
beneficiou o PAM.
O
campo político do centro direita foi salvo da derrocada pela ação dos novos
dirigentes do PSD, que recentraram o partido, com algumas propostas
democráticas.
Pagaram
justamente o apoio (não apenas em Portugal mas também na União Europeia) à
política neocolonial e austeritária da Troika, e o erro de chamar “geringonça”
(coisa frágil que se desconjuntaria) à aliança do PS, PCP_PEV, que primeiro a
propôs e viabilizou e do BE, erro que persiste.
Esta
aliança foi possível e durável, porque as bases desses partidos o exigiam e os
seus dirigentes tinham consciência da deriva para a catástrofe das políticas
austeritárias do grupo dirigente Passos-Portas.
Do
PSD e do CDS, como está a acontecer em toda a Europa, saíram os germes dos
novos partidos de direita, numa via democrática liberal, o Iniciativa Liberal e
numa via autoritária, o Basta.
Enquanto
o PCP mantiver a sua base trabalhadora, ele que é o mais nacional e patriótico
partido, e o seu programa, propostas e ideário, a extrema direita será residual
no nosso país e não ganhará base popular
Pela
primeira vez na nossa história contemporânea, somos plenamente europeus, temos
representadas no parlamento todas as tendências políticas que a globalização e
as suas crises cíclicas fraturaram e fizeram nascer.
Essa
nova crise financeira é inevitável e aproxima-se, irá desfazer este equilíbrio
dinâmico: a sua primeira vítima, será então a política europeia do ministro
Centeno e de António Costa.
A
violência da nova crise terá a força de um tsunami, trará consequências
dramáticas para os direitos democráticos do povo português, para as suas
empresas descapitalizadas e para a democracia e a paz na Europa. Todos os
partidos que a cavalgarem, serão depois engolidos por ela.
A
nossa esperança, é diversificar as exportações nacionais para fora da Europa,
desenvolver o mercado interno através da erradicação da pobreza, a sua maior
alavanca, guardar a aliança que viabilizou o anterior governo e a sua política
democrática e ampliá-la, indo até aos setores democráticos do centro direita (
quando a crise se anunciar).
E
esperar que os povos europeus e os países que defendem a paz e cooperação
internacional nos acompanhem, a República Popular da China, em primeiro lugar. Pois são o FMI e o Banco Mundial
quem proclama:” Without China, the world will be in recession!”
"According to the International
Monetary Fund _ the official arbiter of global economic metrics _ the Chinese
economy accounts for 17.3 percent of world GDP (measured on a
purchasing-power-parity basis). A 6.7 percent increase in China's real GDP thus
translates into about 1.2 percentage points of world growth.
Absent China, that contribution
would need to be subtracted from the IMF's downwardly revised 3.1 percent
estimate for world GDP growth in 2016, dragging it down to 1.9 percent _ well
below the 2.5 percent threshold commonly associated with global
recessions..".
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