27.2.22

Quem pode deter Putin? O povo russo

 


Quem responde  ao apelo do povo ucraniano pela fim imediato da guerra e a construção da paz?

Apenas o povo russo, que desceu à rua em 53 cidades, contra a guerra e já sofreu a repressão policial.

Cada um dos beligerantes e os seus aliados, deve tomar a iniciativa de cumprir o seu dever para com a paz e a segurança dos seus povos

É dever dos partidos de oposição do Parlamento russo resistir à chantagem do partido de Putin,  exigir que a guerra pare, e que o povo russo possa livremente manifestar-se pelo fim da guerra, que o governo de Putin mande parar e retire as suas forças e as confine no perímetro das Repúblicas de Donbass que juraram defender.

A iniciativa de fornecer/vender mais armas aos beligerantes, não altera a trágica realidade que os ucranianos foram conduzidos a esta situação por aliados poderosos que não mediram corretamente o perigo de conflito com a Rússia e  servirá apenas que mais ucranianos e russos se façam matar. O resultado é de duvidoso valor moral e militar: “lutem e morram sozinhos, com as armas que vos vendemos/entregamos”.

A NATO deve anunciar que aceita resolver através da negociação o diferendo sobre a sua expansão a leste.

A impotência e os riscos das sanções.

Se todas as partes reconhecerem  a sua quota de responsabilidade, os governos da Ucrânia e da Rússia poderão sentar-se à mesa negocial, com base num cessar-fogo imediato, sem outras condições, sob a égide da ONU.

22.2.22

Os farsantes e a memória perdida de Chernobyl


1919-1991

Perdida a memória histórica da independência alcançada com a fundação da URSS, a Ucrânia e a Rússia, perderam também a memória política de Chernobyl?

Na Ucrânia estamos perante dois problemas distintos, embora correlacionados: a situação da população russa que habita historicamente  as províncias de Lugansk e Donetsk e a península da Crimeia, e a expansão da NATO para Leste.

7.2.22

10 ideias para a reflexão sobre o significado político e social das eleições para a Assembleia da República de 2022

 


…Não compreender onde está o perigo principal, é hoje o risco maior dos partidos de esquerda em Portugal, mas também dos partidos da direita democrática. A maioria de esquerda expressa em votos, continuou a prevalecer, ao contrário das contas erradas que a própria TV pública propaga, mas perdeu metade da vantagem sobre os votos na direita; depois de dois anos de governação do PS, essa maioria baixou para cerca de 600.000 eleitores votantes. Saliente-se que foram os novos partidos da direita radical e da extrema-direita a colher os benefícios, em votos e deputados. E que esse processo pode acelerar rapidamente…

... Numa situação internacional em que assistimos, nos EUA, à destruição interna da sua democracia liberal e ao intensificar, pelos governos republicano e democrático, de uma política global de confronto e boicote económico, de condicionamento da  economia da UE e  de interferência direta na vida política das suas nações soberanas; de intervenção militar onde os interesses americanos não prevalecem…

... Porque é que os partidos democráticos de Portugal e a União Europeia,  liberal e conservadora, mas também social-democrata, os seus governos, alinham com essas políticas que empurram o mundo para a guerra económica e para o risco de conflitos militares generalizados, sem tomar qualquer iniciativa de crítica às ações políticas erradas…?