Aqui encontrarão o testemunho do pensamento que luta contra a alienação, o seu questionar desordenado, a descoberta, a dúvida que se interroga, a ideia que volta a ser analisada, criticada, para que o pensamento crítico sobreviva ao pensamento único, pensamento único sem o qual os senhores da guerra serão incapazes de conduzir os povos para a matança e serão vencidos.
Há 3 guerras em curso e
escamotear a guerra civil e o confronto geoestratégico, escamotear que a
escalada de sanções e de rearmamento, sem qualquer solução política de paz imediata
e justa, ou melhor, com o objetivo de levar o estado russo à falência, como
afirmou a presidente da UE, é trazer a recessão e a guerra total para o
horizonte…
A política imperialista e
anticomunista do partido de Putin, representa uma das formas atuais do
capitalismo, o capitalismo oligárquico, que emergiu da queda dos regimes de
leste.
A guerra civil que começou com o golpe de estado de 2014, e durou até à invasão, matou mais gente e provocou destruições como as de hoje, não foi travada entre russos e ucranianos, mas sim entre um novo poder oligárquico que derrubou um presidente democraticamente eleito pelo povo ucraniano, contra uma parte do seu povo, ucranianos russos, mas também ucranianos polacos, ucranianos romenos, ucranianos gregos…que se levantaram em protesto em todo o sul e este da Ucrânia.
Quem não conhece a
história da Ucrânia, não sabe que Krutchev e Brejnev eram ucranianos de etnia
russa, não tem consciência de que é preciso conhecer a situação política da
Rússia e as doutrinas de soberania e
defesa nacional dos EUA, para compreender esta guerra…desconhecer tudo isto, é o que é comum aos milhões de
europeus alienados pela propaganda, mas, ainda mais trágico, é que os líderes
europeus também desconhecem ou fingem desconhecer estas questões essenciais.
A Ucrânia é fruto da revolução
bolchevique, foi ela que a fundou em 1918. O discurso
de guerra e invasão de Putin, foi contra a URSS e o PCUS, acusando-os de amputar o
império clarista deste território (que configurou o nascimento da República Popular da Ucrânia) e de entregar à Ucrânia uma das principais
regiões industriais da Rússia, por proposta do próprio Lenine, para
que se transformasse de uma terra de servidão agrícola numa nação moderna, logo em
1918. República que se integraria na URSS em 1923, e se ampliaria com uma
parte do território polaco devolvido em 1939 aos soviéticos e receberia em 1953 a Crimeia
russa, iniciativa de Krutchev, para que as suas estruturas industriais e
portuárias ajudassem à reconstrução pós 2ª Guerra Mundial…
Mostrem-nos as notícias a
ocidente que tivessem relatado a guerra civil 2014-2021, contra os russos do Donbass!? As
análises sobre a situação política da Rússia, não vão além da mistificação de que
um outro oligarca é o líder da oposição!
O reino do Kiev russo é a origem
da Rússia e não da Ucrânia.
O presidente ucraniano acaba de
ilegalizar 14 partidos de esquerda, sob a acusação de pró russos, sem um
protesto do chamado ocidente.
Acabam de ser violadas todas as
regras que estabilizavam o sistema financeiro internacional, confiscando metade
das reservas do estado russo. Um salto no abismo. Não existe no direito
internacional o direito do governo dos EUA ou dos burocratas de Bruxelas a
fazê-lo, um salto no abismo, é uma citação de um antigo secretário de estado
do tesouro australiano.
A União Europeia vendeu mais de 340 milhões
de armamento à Rússia durante a Guerra Civil (2014-2021) e a Rússia foi o
segundo maior cliente da indústria de guerra da Ucrânia neste mesmo período. Sim, dos oligarcas ucranianos que controlam essa indústria.
A ajuda em armamento da UE é
afinal, empréstimo! E superior à ajuda humanitária! Com que juros? Os cidadãos europeus foram informamos do
negócio?
No que respeita aos EUA, o seu governo assume que retira as armas da sua reserva e paga às 5 maiores empresas do setor para as restabelecer, omitindo se existem contrapartidas
Qual é a solução política a que
conduz o rearmamento da Ucrânia e a escalada de sanções?
O referendo e o processo, a ser supervisionado
pela OSCE das Nações Unidas de auto determinação das repúblicas do Donbass, onde as populações de origem russa são maioritárias
e são os seus habitantes seculares, estava nos acordos de Minsk (2014-2015),
porque não foram aplicados? E porque continuou a guerra civil? Porque nunca foram investigados até ao fim os massacres dessa guerra, porque não o fez o governo da Ucrânia, como denuncia a Comissão de Direitos Humanos da ONU? Terão de o ser, os primeiros e os atuais!
A Turquia anunciou em 2 de abril
a chegada a um acordo de paz que incluía a neutralidade da Ucrânia e no dia seguinte
surge o caso de Bucha.
Um exército disciplinado e com um
comando único não esconde os seus crimes, deixa-os expostos, sai
voluntariamente de uma cidade que controla, cumprindo a promessa do acordo que
se prepara para oficializar, de deixar Kiev em paz, esta circunstância parece credível e
irrelevante o momento?
É legítimo confiscarem a nossa
liberdade e capacidade de julgar, proibindo a televisão russa?
As barbaridades e os massacres
desta guerra e da guerra civil que teimam em não reconhecer, são
incomensuráveis.
A guerra civil (2014-2021) foi
uma mentira?
O avanço da NATO para as fronteiras
da Rússia não deixou a Ucrânia exposta à invasão?
A Rússia é também Europa e
durante meio século, em plena guerra fria, foram construídos tratados de segurança que evitaram a
guerra! Porque não se volta a esses acordos?
Não houve guerra civil, nem
existe uma estratégia dos EUA para prover o conflito?
Eu continuo a dizer, desde o
início da invasão, que só o povo russo pode deter a oligarquia que Putin e o
seu partido representam!
Fantástico, não houve golpe de
estado em 2014 e falar o russo não foi proibido nas suas províncias?
Os russos do Donbass, que ali
vivem há 500 anos, 8 milhões, 17% da população ucraniana, do Donbass a Odessa, são “homenzinhos verdes”, soldados que vieram disfarçados da
Rússia!?
O capitalismo oligárquico que se
apropriou do poder no leste, como a oligarquia que se apoderou das democracias
liberais, conduzem uma guerra económica entre si que escalará para a guerra
global e para o agravar da crise ambiental. Não há solução política no quadro
deste regime para evitar o apocalipse!?
As guerras da Ucrânia assinalam
que o relógio do holocausto está de novo a funcionar.
O governo de Putin reforçou o seu
apoio interno com a política de rearmamento da Ucrânia e de escalada das
sanções, mas o sofrimento do povo russo aumentará.
O que defendi sempre, e está
escrito e reescrito é a integridade da Ucrânia, nem o reconhecimento das Repúblicas
do Donbass, nem sequer o retorno da Crimeia à Rússia.
A neutralidade da Ucrânia e a
entrada imediata deste país na UE com um programa de reconstrução.
A transferência para as Nações
Unidas da resolução dos conflitos e da garantia de defesa dos países, mesmo no
plano militar.
O golpe de estado violou o acordo
de pacificação da Ucrânia em 2014, que previa eleições antecipadas em Outubro,
mediado pela Alemanha, a França e à Rússia e atraiçoado pelos EUA.
O discurso dominante ignora a
maioria destes factos e nem se dá ao trabalho de ler os textos completos, sejam
da Tass ou do site do Zelensky. E repete todas as falácias que nos afastam de
uma paz justa e duradouro. É significativo que nas suas propostas de paz nada
ofereçam à nação russa, nem sequer a neutralidade da Ucrânia.
"Inclino-me respeitosamente, de luto, perante o sacrifício supremo do povo ucraniano, ao resistir ao invasor. Inclino-me perante a morte dos soldados russos, mobilizados para defender o Donbass, mas atirados traiçoeiramente para uma guerra fratricida. Tirem vocês, os meus concidadãos de Portugal e do mundo, que leram estas fracas palavras, as consequências políticas." AdSQ 7 de março. A minha posição moral.
As notícias que seleciono, seguem o critério de nos dar a informação sobre
o contraditório e as fontes, que foram varridos da "informação" dos
media da democracia liberal, não encontrarão em nenhuma sinal de apoio às guerras. E no conjunto dos post, verão o mesmo método aplicado à posição da Ucrânia,
dos EUA, da UE, da China...as fontes, o contraditório. Raras vezes um
comentário...quando muito uma pergunta.
Aqui têm as fontes. “Os
homenzinhos de verde” eram 7 a 8 milhões de
ucranianos russos. Não tinham aviões, nem tanques, nem mísseis. A imprensa
ocidental já lhe chamava separatistas, mas os seus líderes não defendiam ainda a integração na Rússia. Reclamavam contra o golpe de estado, que lhes retirara o
direito de usar a sua língua nas escolas e serviços públicos, e por
um referendo. Essa mesma imprensa já escamoteava o recente golpe de estado, a
ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia....Vêm alguma semelhança com a
invasão russa nestes títulos...?
14.000 mortos na guerra civil de
2014 2021, 2/3 russos do Donbass. Fonte: Nações Unidas.
Nesta reflexão a guerra não está
justificada, está explicada: nestas guerras não há os teus bons e os maus, que
são os outros. Só há maus.
Afinal, há uma guerra civil ou
não?
Os EUA há cem anos que adotaram
uma política de intervenção na Eurásia ou não?
A NATO é uma instituição de defesa
ou de intervenção, não teve qualquer responsabilidade no crescimento da tensão
com a Rússia?
O governo da Ucrânia está a
receber armas da UE de graça?
A Ucrânia foi fundada pela
Revolução Bolchevique, ou não?
O discurso dominante é um delírio
de propaganda, em tudo igual ao que leio e vejo e escuto: ai de que questione
as responsabilidades da UE, dos EUA, da NATO nesta guerra...é pró-Putin!
Foi assim com o Iraque, a Síria,
o Afeganistão, a Líbia e a nossa guerra colonial.
O esbulho de metade do tesouro
russo pelos EUA e pela UE tem algum fundamento no direito internacional?
A proibição de emitir para a
europa da RTI tem algum fundamento no direito internacional?
A ilegalização de 14 partidos da
oposição pelo governo de Zelensky e a proibição do uso da sua língua pelos
ucranianos, russos, polacos, gregos é verdade ou mentira?
A integração do Donbass, Odessa e
outros centros industriais da Rússia na recém nascida República Popular da
Ucrânia, em 1918 é um facto histórico contra o qual se insurgiu Putin no seu
discurso anticomunista e imperialista com que lançou a guerra, ou não?
Foi a URSS que acrescentou à
Ucrânia o seu território polaco, em 1939 e em 1954 a Crimeia, para apoiar o seu
renascimento da II guerra com uma nova saída para o mar e o grande porto de
Sebastopol, contra o que se insurgiu no mesmo discurso Putin, ou não?
Então a verdade, escrita a
ocidente, é que Putin quer reconstituir a URSS?
Quando o presidente americano
afirma que a solução política da guerra da Ucrânia está no derrube do governo
de Putin e na vitória militar da Ucrânia, a quem condena a verter mais sangue?
À luz do direito internacional a
Rússia não pode reclamar, como fez os EUA na crise de Cuba, que a sua fronteira
seja neutral, sem mísseis e armas nucleares?
Quando a presidente da Comissão
Europeia, proclama que a sua política vai realizar o objetivo do governo
americano, através do rearmamento da Ucrânia e a escalada de sanções e irá
ainda mais longe, pois é certo que o Estado Russo vai falir (sic), isto é uma
declaração de guerra total, equivalente aquela que os EUA tomaram com o boicote
do fornecimento de petróleo ao Japão e que precipitou Pearl Harbour?
Com uma diferença: A estabilidade
do sistema económico e financeiro internacional entrará na dimensão do
desconhecido, do abismo e do caos e a oligarquia russa usará as armas nucleares
como o fez a oligarquia dos EUA contra o Japão já com a guerra ganha.
Então quem escreve isto, quem
procura e estuda as lições da história, quem teme pela escalada da guerra e o
advento de uma recessão mundial, deve calar-se, ´é pro Putin?
Então a guerra económica sem
quartel lançada pela Comissão Europeia e os EUA, nada tem a ver com o
carreirismo e a promoção política dos seus testes de ferro, é humanitarismo
puro, sincero, sem ambições políticas e pessoais? E somos nós, os que duvidamos, questionamos quem suja as mãos de
sangue com as ideias e propostas de defesa da integridade da Ucrânia,
dos direitos da nação e dos povos da Federação Russa e da Ucrânia multinacional
e pacífica?
Eu sei que escrevo na areia, e
que os insultos e acusações são hoje dominantes na lavagem cerebral a que
estamos sujeitos pelos monopólios da desinformação.
Dum lado e do outro há lideres
que conscientemente cravam esporas nos cavalos do apocalipse.
Ah! Mas a NATO protege a Europa,
com as suas armas nucleares estacionadas na Alemanha e na Itália. Mentira. Os
governos destes países não têm acesso a estas armas. A sua manipulação, os
códigos do apocalipse, estão nas mãos dos militares americanos, que guardam
esse segredo. Os países que as acolhem são plataformas de lançamento próximo, e
por isso, alvos marcados. Para quem prepara a guerra, faz toda a diferença os
minutos que encurtam as distâncias entre os EUA e a Europa, a Alemanha e a
Itália, de Moscovo, os EUA da China, a Austrália da China...O cerco militar à
China e à Rússia alargou-se e está a ficar
mais apertado. A Europa, a Austrália e o
Japão, são apenas plataformas de lançamento. O alargamento da NATO não traz
nenhuma segurança a esses países, a NATO não é uma organização democrática, a
sua história não é de defesa, mas de intervenção militar, desastre após
desastre: são os americanos que decidem quando e contra quem, carregarão no
botão...Vivemos e corremos o risco de morrer inocentes, num mundo alienado,
muito antes da crise ambiental nos consumir. Qual crise ambiental? Qual guerra
civil na Ucrânia? Qual intervenção, da Arábia Saudita, EUA... no Iémen? (A maior
tragédia humanitária atual, ONU). Qual Afeganistão em risco de um milhão de mortos de
fome e doença, sob boicote extremo dos países da NATO que o devastaram?
Já não distinguimos o povo russo,
do seu governo oligárquico, suportado nas eleições de novembro de 2021 por
apenas 25% do eleitorado: há um discurso de ódio que já levou ao boicote e
expulsão dos paraolímpicos dos Jogos
Olímpicos de Inverno. Os cientistas, já estão isolados. As estrelas do ténis,
ou se demarcam, ou ficam de fora dos Grand Slam. Sem apelo nem agravo,
de fora já estão as seleções de futebol. No lugar da televisão russa, abre-se
agora um buraco negro. Humanitarismo e impiedade, para uns, mas nunca para os
outros! Dostoievski, já foi proibido numa universidade italiana, apesar de logo
reabilitado…No horizonte, eleva-se, passo a passo da escalada, o fantasma da
guerra nuclear!
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