Recebi de um militar amigo, no dia 18.02.2021 esta mensagem:
China acusada de ocultar informação sobre a Covid-19 à OMS
na missão a Wuhan para descobrir origem do coronavírus
Olá.
Que me dizes a isto?
É um órgão da ONU, que afirma...
Respondi-lhe:
[18:58, 18/02/2021] Antonio Queiros: Essa instituição que
citas não é um órgão da ONU, mas sim uma organização especializada na contra
informação, não tivesse ela sido criada pela CIA. O truque que usou agora foi
convocar os jornalistas correspondentes na ONU para a sua Conferência de
Imprensa, logo, qualquer leitor se confunde
[19:02, 18/02/2021]. Por coincidência, escrevi recentemente um artigo a criticar o seu Relatório Anual, que não deves ter visto, nas cujo link te remeto.
https://portugaldiarioilustrado.blogspot.com/2021/01/critica-ao-relatorio-2020-da-human.html#more
A WRW, oferecendo hoje uma face liberal democrata, usa
técnicas de comunicação muito sofisticadas e pessoas que se apresentam como
especialistas e humanistas, mantendo uma relação muito próxima com a BBC World
News, a qual, por sua vez, trabalha com os serviços secretos do MI5 (Ver a
investigação de John Ross) e também com
as agências noticiosas pertencentes aos conglomerados empresariais do setor da
comunicação social.
Consulta o seu site e nele o currículo. A atual HRW nasceu
com os acordos da détante de Helsínquia e afirma, no seu historial, que usou a sua posição privilegiada para minar
os regimes socialistas, a partir de Moscovo, onde se pode instalar. Cumprida a missão, adotou o
nome atual, vestiu a camisola da defesa das minorias, da emancipação da mulher
…e de campeã dos Direitos Humanos. Na sua atividade, vai ao ponto de questionar
aspetos secundários da política internacional dos EUA, mas defende a linha geral da suas
Estratégias de Segurança e Defesa Nacional.
Enquanto isso, os países do G-7, com larga cobertura
mediática, anunciavam o seu apoio á Aliança Mundial de Vacinas e ao COVAX, que
perfaz 4 mil milhões de US$ (um ano após a sua constituição) impulsionado pela
OMS, omitindo que já tinham sido oferecidos, por outos países, instituições e
beneméritos civis, mais de 6.000 milhões, valores insuficientes para um
orçamento que necessita de 38.000 milhões!…Mas, ao mesmo tempo e em segredo, os
governos de 10 países ricos açambarcaram 75% das vacinas, prevenindo-se para a
possibilidade de o seu efeito não ultrapassar alguns meses ou até um ano,
deixando mais de 130 países em risco de penúria prolongada, desprezando os
princípios e imperativos políticos e morais que compõem a Declaração Universal
dos Direitos do Homem, que subscreveram e juraram cumprir e fazer cumprir em
benefício de toda a Humanidade.
Os EUA, a UE, o Reino Unido, a Austrália, o Canadá e o
Japão asseguraram mais de 3 mil milhões de doses, um excesso superior a mil
milhões face às 2,06 mil milhões necessárias para a totalidade das suas
populações. (Reuters, 19 Fevereiro 2021).O Canadá liderou a tabela, de acordo
com os dados da empresa de análises Airfinity, "com doses suficientes para
vacinar cada canadense cinco vezes". Israel e a Austrália fizeram o mesmo…
A denúncia veio de todo o lado, do Secretário-Geral da
ONU, do presidente da OMS, de organizações humanitárias.
A Human Rights Watch avançou então e mais uma vez, como o
pivot da
contrainformação, para alimentar as agências com notícias desviantes, secundada
pela BBC WN: afrontou em conferência de imprensa imediata as conclusões
desmistificadoras da OMS-China, retomou a questão das leis de Hong Kong e colocou
no centro da sua campanha mediática a acusação sobre os campos de concentração
e trabalhos forçados de Xinjiang, sabendo muito bem que a China já tinha vindo
exigir à BBC que apresentasse fontes e factos credíveis nestas matérias ou se
retratasse de vez.
Nos últimos meses, a BBC WN promoveu uma campanha de
críticas sistemáticas à política da China na região autônoma de Xinjiang Uygur.
A história do "algodão contaminado" foi um excelente exemplo. Os seus
artigos divulgavam as supostas pesquisas e denúncias de Adrian Zenz, um militante
"membro sénior da Fundação Memorial às Vítimas do Comunismo, em
Washington", que foi desmascarado pelo ex-diplomata francês Lionel Vairon[1]como
não sendo nem um especialista em questões da China nem um especialista sobre o
Islão ou direitos humanos.[2]
E essa própria fundação não passa de mais uma organização de extrema-direita nos
Estados Unidos, constituída com pessoas vindas da CIA.
A região em causa é vítima da atividades terroristas, que
fazem parte do fenómeno global de disseminação de grupos extremistas que
manipulam a religião muçulmana, semelhantes `a Al Qaeda ou ao ISIS, mas aqui
com muito menor influência e capacidade militar, que recorrem sobretudo a
atentados terroristas, para intimidar os populares e os seus líderes religiosos
muçulmanos, que se recusam a segui-los.
Como se pode comprovar pelos documentos indicados em
rodapé, vários grupos de jornalistas e observadores políticos independentes,
visitam regularmente a região autónoma; também a União Europeia e o novo governo dos EUA de Biden, foram convidados pelo Governo de Xinjiang a enviar os seus representantes á região, mas, sem que o convite tenha sido aceite e a viajem realizada, não se coibiram de reproduzirem as notícias falsa e , tendo-as como base, aplicar sanções e acusar a China.
Ao longo da pandemia COVID-19, a BBC WN propagou informações incorretas sobre o
vírus e gerou teorias de conspiração contra a China.
No decurso dos conflitos de Hong Kong, já apoiara as
ações violentas dos grupos extremistas e difundiu a notícia falsa de que a Lei
sobre a Extradição de Criminosos provenientes desta região especial, se
destinava a extraditar para os tribunais da China continental os dissidentes
políticos.
Portugal é um dos 20 países que já tem um acordo com força de lei deste tipo e nele se pode ler expressamente que visa combater os crimes económicos e civis e que nunca poderá ser aplicado ao domínio político. Todos os acordos usam a mesma matriz. Consultar:
Aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 53/2004, de 21/07; ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 36/2004, de 21/07
A oposição a esta lei foi iniciada nos bastidores pelo
grupo dos grandes empresários imobiliários e agentes financeiros do território,
que obtiveram, confidencialmente, a exclusão do projeto de lei dos
principais crimes económicos, mas passou para as ruas, onde, sobretudo os
jovens, com baixos salários, insuficientes bolsas e sem acesso á habitação,
lançaram estas suas reivindicações, omitidas pelos média ocidentais e, mais
tarde, atendidas por um programa especial de Lan, também ele obliterado pela
comunicação social a ocidente, que esvaziou as ruas e deixou isolados os
opositores violentos. Os média,
divulgaram apenas os slogans dos grupos radicais, que não constituem qualquer
movimento único pró-democracia e ignoraram as manifestações populares que
contestavam a violência e o separatismo. Nas eleições para as assembleias distritais,
que os partidos apoiantes do governo perderam (O PCCh não se candidata,) candidataram-se
sim mais de 50 grupos, fora dos partidos democráticos que apoiam o executivo e
dos partidos que se lhe opõem, que elegeram os seus próprios deputados sem
qualquer conexão orgânica ou política entre si, a maior parte sem qualquer
programa político. As atas eleitorais são públicas e estão acessíveis pela NET,
pelo que as pude analisar sem intermediação.
Resultado: O projeto de lei foi suspenso definitivamente
e o ocidente celebrou… o regresso de Hong Kong
à Idade Média, transformado num couto de homiziados e criminosos de
colarinho branco!
[1] Défis
chinois - Introduction à une géopolitique de la Chine, de Lionel Vairon, é
uma obra importante para entender a ascensão da China na geopolítica mundial. Lionel Vairon, Docteur en Études
Extrême-orientales et Diplômé de Chinois et de Sciences politiques
https://lvkworldnews.wordpress.com/biographie-%E4%BC%A0%E8%AE%B0-biography/
Outros artigos, sobre Hong Kong https://www.investigaction.net/fr/author/lionel-vairon/?act=sp
[2] Adrian Zenz afirma que é um evangelista
"guiado" pela sua fé, e que Deus lhe ordenou que lutasse contra a
China. É também uma figura ativa numa organização americana anticomunista de extrema-direita. Ver a
entrevista com o escritor francês Maxime Vivas Published: Feb 03, 2021 https://www.globaltimes.cn/page/202102/1214858.shtml
1 comentário:
É uma informação e opinião fundamentada e muito importante para compreender o contexto geopolítico da China e as múltiplas formas que muitos dos países ocidentais encontram para combater o regresso da China, como grande potência aos palcos mundiais. RL
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