“Quando o chefe supremo das
Forças Armadas e presidente da República se torna cúmplice político desta
ofensiva sem quartel para desmantelar as funções de soberania das Forças
Armadas portuguesas, temos de reconhecer no pronunciamento político dos
oficiais na reserva e no ativo, que se anuncia para o encontro nacional de 22
de Fevereiro, e falo como paisano, um ato de coragem política, cívica e militar,
que desafia a besta financeira internacional e clama pela participação
política e pela livre expressão da vontade coletiva da nação portuguesa”.
As ameaças à democracia vêm hoje, não das manifestações dos militares nem das forças policiais (mesmo quando sobem a escadaria do parlamento), mas de um outro lado, de um poder acima da lei, do direito, da moral, da ética e da economia, que o sistema financeiro internacional em crise representa, impondo aos países da União Europeia os programas de governo que garantam a privatização das riquezas nacionais e o reembolso do capital a altas taxas de juro, como aconteceu em Portugal.
E, numa agressividade sem limites,
derrubando mesmo líderes eleitos e escrutinando os seus
sucessores sem eleições, como no caso da Irlanda, na Grécia e Portugal, logo a
seguir na Itália e depois das eleições…de
novo na Itália e na França de Holland, que votaram contra os partidos da Troika
e agora na Alemanha, onde a maioria de esquerda na Câmara Baixa e na Câmara
Alta resultou afinal num governo da Srª Merkel com o SPD (socialista)?
Entre 2000 e 2010, só o estado
português pagou em juros 53.000 milhões. O próximo objetivo desse capital sem
pátria, que reina a partir de obscuros paraísos fiscais e manipula as agências
de rating, o BCE e as chancelarias de Bruxelas, é a privatização do mar
português. Resta-lhe, servindo-se do atual governo, vencer um último obstáculo:
Desagregar as forças armadas de Portugal.
Porque o mar português desempenha
um papel estratégico na defesa nacional e no controle das rotas transatlânticas
do comércio, os seus portos oceânicos de Sines e Leixões são as primeiras
portas de acesso ao sistema de transporte de bens e mercadorias europeias. Mas
também porque é território português rico em minerais, e não apenas pescado e
turismo, mas também fonte de biotecnologias e de energias renováveis.
Alcançando hoje uma área de 1
milhão e 800 mil Km2 , a partir de 2014,
a soberania nacional poderá ser reconhecida pelas Nações Unidas como atingindo
um território oceânico de quase 4 milhões de Km2.
A estratégia seguida pelo governo,
face aos direitos democráticos dos cidadãos das forças armadas, é semelhante ao
que usou para quebrar a espinha às denominadas e vilipendiadas “corporações
profissionais”: depois de professores, juízes, médicos, enfermeiros,
funcionários públicos em geral, deu início a uma campanha de violência
psicológica na comunicação social: começaram os debates sobre a utilidade das
forças armadas sem estado de guerra, as comparações “objetivas” entre o número
de militares e oficiais e os padrões europeus _como se não tivesse havido uma
guerra colonial de 13 anos em três frentes de combate; a ´”denúncia dos
privilégios” atribuídos aos seus sistemas de saúde e reforma; os cortes
cirúrgicos e brutais das pensões de viuvez; os cortes cegos, que atingiram
todos os trabalhadores e agentes públicos; o aproveitamento dos casos de
suspeição e má gestão do interesse do estado, como no caso da compra dos
submarinos, para os associar a supostos orçamentos de defesa acima das
possibilidades…e, sem consulta aos militares e sem que a opinião pública se
apercebesse, a elaboração de uma nova Lei de Defesa Nacional, que passou por
cima do relatório elaborado pela própria comissão de peritos que o governo
nomeou para o efeito, em oposição às suas conclusões e orientação geral, que
conexionava a defesa e a segurança nacionais com a plena restauração da
soberania e com o progresso social do país.
Evoquemos um dos porta-vozes da
AOFA, «em todos os estados civilizados» há direitos especiais para os militares.
Pede-se aos militares para defenderem a pátria, e se for preciso perderem a
vida. Isto não se pede aos funcionários públicos». É uma forma clara de
explicar a diferença ao cidadão comum.
Ao que associo, e falo como
paisano, o imperativo ético de redefinir a missão do dispositivo de defesa (e a
sua eventual redução), com base num grande debate nacional que não exclua os
militares e garanta a dignidade da sua condição e os direitos de cidadania das
suas famílias, porque a democracia tem uma dívida de sacrifício, de sangue e de
luto, para com as gerações de militares que tiveram de fazer a guerra colonial.
Quando o chefe supremo das Forças
Armadas e presidente da República se torna cúmplice político desta ofensiva sem
quartel para desmantelar as funções de soberania das Forças Armadas
portuguesas, temos de reconhecer no pronunciamento político dos oficiais na
reserva e no ativo, que se anuncia para o encontro nacional de 22 de Fevereiro,
um ato de coragem política, cívica e militar que desafia a besta financeira internacional
e clama pela participação política e pela livre expressão da vontade coletiva
da nação portuguesa: povo trabalhador e reformados, forças armadas e policiais,
partidos e personalidades democráticas de todos os quadrantes, juízes e magistrados,
professores e investigadores, bastonários, provedores e bispos,
constitucionalistas…que exigem desse presidente, que jurou defender a
Constituição, a convocação de eleições legislativas, livres da Troika e
antecipadas, para evitar a exaustão e o caos social, que os economistas de
serviço desconhecem ou fingem ignorar, e que a economia política define
avisadamente como crise geral nacional.
10 comentários:
"que exigem desse presidente, que jurou defender a Constituição, a convocação de eleições legislativas, livres da Troika e antecipadas, para evitar a exaustão e o caos social" - Se jurou, sempre foi falso, além de incompetente, como todos já deveriam saber; eleições antecipadas(!) para quê? eleger os do costume!Não, é preciso correr com todos estes feitos políticos imberbes e com formação à relvas em Univ privadas ou formados na Ass. da republica - todos!!
Quando se afirma que e passo a transcrever:
"...Ao que associo, e falo como paisano, o imperativo ético de redefinir a missão do dispositivo de defesa (e a sua eventual redução), com base num grande debate nacional que não exclua os militares e garanta a dignidade da sua condição e os direitos de cidadania das suas famílias, porque a democracia tem uma dívida de sacrifício, de sangue e de luto, para com as gerações de militares que tiveram de fazer a guerra colonial..."
Onde se incluem os cerca de 800.000 portugueses que combateram nas três frentes da Guerra do Ultramar?
A maioria não pertenceram aos Quadros Permanentes do Exército, da Marinha ou da Força Aérea!
Onde lhes é rendida a homenagem pelo serviço prestado à Pátria muitas vezes com o sacrifício último da vida?
Que exemplos para com os quase 10.000 que tombaram?
Não sinto numa única convocatória qualquer apelo aos Combatentes. Quem são os paisanos?
Estas questões entre muitas outras possíveis...
Os cerca de 800.000 portugueses que combateram nas três frentes da Guerra, os mais de 10.000 que tombaram, os mais de 100.000 feridos e atingidos por doenças graves, incluem-se entre aqueles para quem "...a democracia tem uma dívida de sacrifício, de sangue e de luto... as gerações de militares que tiveram de fazer a guerra colonial..."
"Paisano", neste contexto, quer dizer cidadão que não é militar de profissão
Presentemente quaisquer eleições, antecipadas ou não, são incapazes de resolver problema algum porque o polvo da corrupção, da teimosia ignorante, da incompetência e da aldrabice funciona com tentáculos que têm origem nos principais partidos.O sistema político está inquinado e já não existe lixívia susceptível de o purificar. Nem basta cortar-lhe um ou dois tentáculos para resolver o grande problema da Nação. A única solução é matá-lo.
Os militares têm como missão defender a integridade da pátria contra qualquer ameaça, incluindo a ameaça política e financeira.
Quando a ameaça se faz pela via financeira, o assaltante financeiro usa os políticos para fazer com que a população seja obrigada a aceitar a transferência da propriedade do país - da república (coisa pública dos portugueses) - para a propriedade dos agentes financeiros.
Nesta operação de assalto ao país faz parte da missão dos militares:
1. Identificar a ameaça de assalto financeiro: quem está a perpetrar esse assalto; que manobra está a usar; que meios estão a ser usados na manobra
2. Agir para neutralizar a ameaça
ou seja cumpre aos militares:
1. Prenderem os políticos que estão a transferir a coisa pública para a coisa privada; que não respeitam a constituição; que obrigam a população a pagar as dívidas da banca; e colocam os meios da República Portuguesa a servir e pagar as operações da corporação financeira.
2. Prenderem e expropriarem os agentes de mercado que mandam nos políticos, ou neutralizarem a sua acção em Portugal pela expropriação dos arsenais financeiros desses agentes, e dos cúmplices desses agentes no terreno.
3. Convocarem eleições, onde não podem concorrer criminosos financeiros, nem capatazes ou cúmplices de criminosos financeiros.
É a defesa da integridade do país que está em causa, e isso exige medidas excepcionais. Não há muito que explicar: a corporação financeira usa os políticos para transferirem a República (coisa pública) - a pátria - para coisa privada – para a propriedade de agentes de mercado. Se deixarem continuar a acção dessa organização internacional de assalto, os políticos que eles controlam vão cumprir a missão para a qual estão imbuídos: transformar Portugal na propriedade privada de banqueiros, investidores e demais assaltantes dos mercados. O país deixa de ser a pátria dos Portugueses e passa a ser um feudo e propriedade privada dos operadores dos mercados.
Há muito que os militares deveriam cumprir a missão que lhes compete. Este governo chegou ao pondo de mandar os Portugueses emigrar e mandar vir quem tiver dinheiro através dos “vistos gold”, numa clara operação de expulsão induzida dos Portugueses para entrada de agentes de mercado. Além da transferência da Pátria para as mãos dos assaltantes financeiros, está em curso o processo de expulsão de Portugueses e admissão de estrangeiros do mercado (feirantes com dinheiro).
Todos estes crimes são crimes de lesa Pátria e exigem que os militares cumpram a missão para a qual existem.
Portugal ainda não é completamente um feudo de feirantes (agentes de mercado), mas se não organizar a sua defesa, se não tiver militares à altura, vai passar a ser uma feira: uma propriedade privada de feirantes, onde mandam os feirantes quem tiverem mais dinheiro feito do nada no BCE, e controlado pela corporação de feirantes financeiros, que assalta e apropria-se de países através da burla financeira e política.
As questões são:
1 Haverá militares à altura?
2 Os militares estão à espera de quê? Que o assaltante desista de se apropriar da Pátria? Que o assaltante vos dê ordens para pagarem as munições?
3 Desde quando é que um indivíduo que ocupa o cargo de presidente da república e:
- não respeita o cargo (fazer respeitar a constituição)
- é cúmplice activo do não respeito pela constituição pelos políticos no governos
- é cúmplice no assalto e transferência da Republica para os agentes de mercado
não deve ser considerado um infiltrado do inimigo a neutralizar?
Fui militar com comissão em África.
Questiono os militares atuais se hoje estariam dispostos a lutar por Portugal, como os anteriores combatentes ou se apenas continuam a olhar para os milhões das Bósnias, Timor ou Afeganistão? Sou do tempo em que proclamava de nem mais um militar para Africa. Mas hoje as comissões ficam mais caras ao país.A vida militar na atual conjuntura é uma forma de ter emprego garantido e das 9 às 17 horas, passarem pelos Quartéis com progressões na escala hierárquica, ao topo. É o que dignifica a condição militar.
Passar por uma unidade militar, vulgo Quartel, onde dantes as instalações eram tratadas com carinho por aqueles que as ocupavam,hoje, são os privados que tratam dessas instalações. Dizem que Portugal pagou de juros ao Estrangeiro, mais do que 50 000 milhões. E para quê? Para pagar as dividas que os portugueses não suportam, mas que há classes previligiadas em Portugal, lá isso há. Quem na vida civil e embora militares e policias se achem não serem funcionários públicos, mas pagos pelos nossos impostos, usufruem as regalias que atualmente têm? Ora vejamos: Todos os meses no DR, na página das aposentações, vem escalonado valor de quem com 20 ou 30/40 anos, trabalhou para o Estado.Não se vê o quarteleiro, o cozinheiro, ou barbeiro militar devidamente identificado. Encontramos sim cabos, sargentos e oficiais, sejam do exército, da GNR, ou da PSP cuja aposentação mínima situa-se nos 1500 euros. Na restante administração pública encontramos aposentações com valores miseráveis com valores de 300 euros. O que é que vocês pretendem? Que sejam os civis a pagar as despesas militares...
Só há uma solução para o Polvo tentacular da corrupção em Portugal: é matá-lo(!!!)
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