Os
militares de Israel como “carne para canhão”. A ofensiva: o golpe final contra
a democracia e os direitos humanos, sem misericórdia
Os
representantes do governo dos EUA, sobretudo os líderes militares,
compreenderam primeiro que todos que a ofensiva de Israel é uma aventura
militar sem saída política, decretada pelo presidente e pelo seu ministro da
defesa, que concentraram todo o poder
com o recurso oportunista à “declaração
de guerra”.
Os
generais americanos sabem que a natureza desta guerra em espaço urbano
subterrâneo, fortificado e armadilhado pelas milícias do Hamas, exigiria uma
longa preparação. Mas o governo militarista , na sua arrogância e fragilidade,
a contas com a justiça, estava mais empenhado em salvar-se, à custa do desmantelamento
da autonomia do poder judicial. As ruas de Israel enchiam-se então de multidões
de opositores, a nação israelita dividiu-se, divisão que chegou às forças
armadas. Perante a incursão das brigadas do Hamas escolheu a fuga para a
frente, que, apesar do terror que a acompanhou, em nenhum momento pôs em causa
a existência do estado de Israel.
Assim
sendo, considero que valerá a pena investigar se o governo nada sabia sobre o
ataque do Hamas! Dificilmente poderia prever a sua dimensão trágica, mas uma
incursão violenta podia ser a sua salvação a curto prazo.
Os
novos senhores de Israel
O
isolamento internacional do governo de Israel é hoje um processo em
crescimento, expresso nas declarações e ações contraditórias do seu aliado
americano, de que destaco a afirmação do presidente dos EUA, de que Israel não
devia ocupar Gaza, quando os líderes dos seus aliados regionais, Egito e
Jordânia, se recusaram a deixar expulsar
os palestinianos para os instalar nos seus países.
O
mito que os serviços de informação de Israel depressa localizariam os reféns
foi caindo perante os factos: a missão parece ser impossível, a sua morte
poderia reduzir ainda mais a base social do governo, que assumiria finalmente o
seu verdadeiro rosto: o da minoria sionista, que escreveu na constituição o
carácter sectário do estado, judeu antes de democrático, colonialista que se
apoderou pela força da terra palestina da Cisjordânia (100,000 ha e 700.000
colonos), em permanente desrespeito pelas resoluções da ONU, uma elite
enquadrada pelo poder emergente das grandes multinacionais tecnológicas, dos
lapidadores de diamantes de sangue, os mesmos que forçaram a demissão do
coordenador da Web Summit em Portugal e são o poder oculto que controla a
economia do país.
Desescalar.
Os reféns, nos dois campos
A
troca de prisioneiros pode e deve começar já. O Hamas mantém como reféns mais
de 200 israelitas e outros de várias nacionalidades; mas Israel aprisionou mais
de 5000 palestinianos e juntou-lhe desde o início da guerra outros 1.900 civis,
acusados de serem militantes ou simpatizantes políticos do Hamas, presos
políticos, reféns políticos quase esquecidos, residentes na Cisjordânia ocupada
e colonizada (West Bank).
A
libertação recíproca e progressiva de todos os reféns é, pois, uma exigência
humanitária, um dever face à Declaração Universal dos Direitos do Homem e ao
direito internacional.
Foi
instituído na guerra em curso na Ucrânia e no historial das guerras de Israel
com os países árabes e a nação palestina.
O
Hamas deu os primeiros passos, é um facto. Familiares e amigos dos
reféns exigem em Israel cessar-fogo e negociações para a sua libertação. Os
manifestantes reúnem-se em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel
Aviv, segurando fotos de familiares e amigos desaparecidos, eles proclamam ao
ministro: “Cessar fogo, traga-os de volta”.
Dois
norte-americanos – uma mulher e a sua filha – foram os primeiros reféns a serem
libertados pelo Hamas e logo mais duas idosas israelitas: contaram que foram tratadas
com respeito e humanidade, receberam visita médica e medicamentos. Ao mesmo
tempo, dois dos novos prisoneiros palestinianos de Gaza, morriam por falta de
ajuda médica nas prisões de Israel. Mau prenúncio, para a Palestina que emergir
da vitória anunciada!
Profecias: O
Armagedão*
Os
militares israelitas destruíram quase 200 mil unidades habitacionais, total ou
parcialmente, desde o início da sua ofensiva contra a Faixa de Gaza, após o
ataque surpresa das brigadas do Hamas em
7 de Outubro.
Nenhum
dos conflitos pós II Guerra Mundial causou um tal nível de destruição das
cidades e casas civis, como este bombardeamento contínuo e indiscriminado
de
Gaza.
De
acordo com a agência humanitária da ONU, pelo menos 45 por cento de todas as
unidades habitacionais do enclave foram danificadas ou destruídas nos ataques
israelitas. Entre as áreas mais atingidas estão Beit Hanoon, Beit Lahiya,
Shujaiya, os bairros em redor do campo de refugiados de Shati, e Abasan
al-Kabira em Khan Younis.
*
O
Armagedão ( em hebraico: הר מגידו; romaniz.:har məgiddô; "Monte
Megido"; em grego clássico: Ἁρμαγεδών; romaniz.:Harmagedōn). No Livro do
Apocalipse, da Bíblia, o Armagedão ´é identificado como a batalha final de Deus
contra a sociedade humana iníqua, em que numerosos exércitos de todas as
nações se iriam confrontar, em oposição a Deus e ao (seu) Reino de Jesus
na Terra, no simbólico "Monte Megido".
Neste
campo de morte, moralmente e no livro da História, ficará registada a passagem
do regime de Israel para o campo das forças do mal, e a ira do Senhor abater-se-á
sem piedade sobre o seu povo inocente.
A
Bíblia fala do Armagedão como uma guerra que irá preparar o caminho para um
tempo de paz e justiça, destruindo a iniquidade. Mas será o holocausto
palestino a construir esse percurso, pavimentado com as cinzas dos seus lares e
o sangue dos seus mártires: se for essa a vontade de Alah, o misericordioso! Al
Rahman (الرحمن)
Gente
sem coração, nem espinha vertebral
O
mais é farsa e irrelevância: como se não passassem de figuras aberrantes da
tragédia que enluta as duas nações há mais de cem anos, os chefes de governo
europeus reúnem para coisa nenhuma, prometem aos palestinianos milhões de ajuda
perdidos no futuro, enquanto oferecem migalhas, armas e alianças militares
espúrias aos povos da Palestina e de Israel, que lhes pedem e exigem o cessar-fogo,
a negociação para libertar os reféns, a refundação de dois estados e,
finalmente, a paz.
O
presidente americano anunciou que acordara com o Egito a passagem de 20 camiões
de ajuda humanitária, na altura em que hospitais esgotaram todas as reservas e
os centros de apoio alimentar da ONU a meio milhão de palestinos estão
completamente fechados. A Organização Mundial de Saúde denuncia a falência do
sistema de saúde e o bombardeamento de mais de 50 unidades de saúde e a
insignificância da medida. O presidente americano sabe que a ajuda
humanitária a Gaza , antes desta guerra,
era de 100 camiões diários.
Ao
mesmo tempo que promete enviar 100 milhões de ajuda humanitária no futuro, faz
chegar a Israel os novos equipamentos pesados e munições, de um pacote bélico
de 10.000 milhões. E reposiciona dois porta/aviões com as suas esquadras na
zona de guerra, dando o exemplo de intervenção estrangeira. O Reino Unido e a
Alemanha seguem o exemplo americano e anunciam a oferta de ajuda militar. E ,
em coro, anunciam que não vão tolerar nenhuma intervenção estrangeira!?
Felizmente,
há um Secretário-Geral das Nações Unidas que antes foi Alto-Comissário da ONU
para os refugiados, que não só conhece como viveu as tragédias das guerras
atuais e dá voz às queixas e aspirações mais genuínas de duas nações
martirizadas pelos confrontos geoestratégicos das potências imperialistas, sim,
desde há mais de cem anos.
Igreja
bombardeada. Centenas de cristãos e muçulmanos estavam abrigados na igreja de
São Porfírio quando um míssil israelita derrubou parte do complexo, matando 16
pessoas. Os militares israelitas disseram ter danificado “a parede de uma
igreja” quando atingiram um “centro de comando e controle” do Hamas nas
proximidades, mas negaram ter alvejado intencionalmente São Porfírio. Que os
leitores deste texto, tirem as consequências dos factos e das palavras.
Os
documentos e registos que responsabilizam o governo atual de Israel pelo ataque
terrorista ao hospital de Al Alhi e a dezenas de outras estruturas de saúde, estão
publicados. .Cito a fonte: Initial
posts on X sent by Hananya Naftali, a digital aide to Israeli Prime Minister
Benjamin Netanyahu, aroused suspicion. “Israeli Air Force struck a Hamas
terrorist base inside a hospital in Gaza,” he wrote, but the post was almost
immediately deleted...conheça a restante narrativa no link
anexo.
A
Organização Mundial de Saúde -OMS afirma que 170 instalações de saúde
financiadas por doadores estrangeiros foram bombardeadas em ataques aéreos
israelitas em Gaza. Ainda precisamos de um inquérito “independente”, para
apurar o massacre do hospital batista de Al-Ahli?
Em
crescendo, mais de 700 mortos em ataques israelenses durante uma só noite,
dizem as autoridades de Gaza.
Foram duras, as palavras do Secretário-Geral da ONU?
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