31.5.20

Governo da Alemanha fura o bloqueio dos EUA contra a Venezuela...E que Cristiano Ronaldo jogue futebol até aos 40!



O Governo da Alemanha furou o bloqueio dos EUA contra a Venezuela, na área da saúde, em ação coordenada com as Nações Unidas, ao mesmo tempo que o Irão, no fornecimento de combustíveis essenciais.
O primeiro de 3 aviões com material médico e equipamento necessário para o combate ao Covid-19 chegou à Venezuela a 29 de maio, vindo da Alemanha, no âmbito da cooperação do país sul-americano com a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Cinco petroleiros iranianos trouxeram para a Venezuela gasolina e outros produtos essenciais, destinados a suprir as necessidades de combustível deste país,  depois dos EUA terem assumido, no seu território e à revelia das leis internacionais e do direito,  o controle da empresa venezuelana ali sedeada há dezenas de anos , que refinava o petróleo deste país, enquanto intensificava a sua pressão sobre as companhias internacionais que asseguram o transporte de combustíveis e produtos associados.

Aguarda-se para junho, a decisão de um tribunal inglês sobre a demanda do governo venezuelano, com o apoio do PNUD_ entidade das Nações Unidas, contra o banco inglês que retém 31 T em ouro (no valor de mil milhões de dólares),legalmente depositados pela Venezuela, com vista a serem confiados àquela organização, e destinados às aquisição de medicamentos e equipamentos de saúde.

Recordamos que, no âmbito da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada há cerca de um mês, os países da União Europeia (UE) que o integram, pediram ao Conselho de Segurança para aumentar a ajuda humanitária à Venezuela: referimo-nos aos Estados europeus deste organismo_ França, Alemanha, Bélgica e Estónia, juntamente com a ...Polónia!

E Portugal?... Quanto à política internacional do Governo da República para com a Venezuela, não dá sinais de ter vida autónoma, vegeta "numa apagada e vil tristeza!", atrelada ainda à política intervencionista do Governo de Trump e guarda um silência cúmplice face ao Novo Banco, que retém nos seus cofres mais de 1.100 milhões de euros, que o governo legítimo de Venezuela lhe confiou, quando Lisboa era a praça financeira para o comércio internacional do seu petróleo!

O que nos vale e à comunidade portuguesa neste país, é a ação corajosa e continuada das Nações Unidas, no cumprimento estrito da sua carta magna, coordenada pelo seu Secretário-Geral, para o qual não há espaço na nossa "livre e democrática" comunicação social.

Comunicação social demasiado ocupada a "investigar" (ou fazer passar a denúncia que fica na sombra?) e perseguir a pequena (?) corrupção _ nunca analisando as suas causas profundas e a sua função diversiva.

Assim nos mantemos entretidos, olhando uns para os outros com crescente desconfiança _ "este é um país de corruptos e a corrupção é a causa principal dos nossos males, que a justiça não pune_ mas são os magistrados que fazem as leis?", até que o desabar das oligarquias (durante quase 50 anos intocáveis e não investigáveis) nacionais, europeias e mundiais, nos acordam com a queda dos seus mitos e os destroços dos bancos, empresas, vidas e mesmo de grandes nações.

Mas apenas por breves momentos, pois a sua investigaçãozinha logo chega em catadupa a todos os canais e redes, como um virus que não percepcionamos e nos corrói a alma e a consciência política.

De ora em diante, privados das alegrias e dramas do futebol vividas em comunhão, o nosso luxo, povo empobrecido e sangrado pela finança europeia e mundial, sem recursos para alimentar o combate desigual com os impérios da bola, que não têm pátria, nem amor à camisola.

Espero bem e desejo, que o Cristiano Ronaldo jogue até aos 40, sem sacrifício, pois, antes dele, já sobrevivemos apenas com o suplemento de alma de um Livramento, de um Eusébio, de um Carlos Lopes, de um Joaquim Agostinho, de uma Rosa Mota e outros menos conhecidos, ( que não caberiam nas páginas de um tratado de filosofia, quanto mais numa nota de artigo e, só por isso, não os menciono), menos conhecidos, digo, mas não menos dignos, que nos preencheram as coleções de cromos e os sonhos de glória desportiva e social.


Amen

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