Opinião sobre problemas sociais e políticos do desenvolvimento sustentável. Ambiente e património.Mundo Rural. Iberismo.
25.6.19
15.6.19
"Quando tiveres dúvidas, escreve!" (Diógenes Arruda)
Os partidos vitoriosos em
Portugal celebram o lugar a que chegaram e esquecem que 33% dos votos com 69%
de abstenções significa que vão para o Parlamento Europeu com o apoio de pouco
mais de 10% dos eleitores nacionais, num caso e noutro, com uns 3% desses
eleitores...
A abstenção e o voto
branco, já não representam desinteresse pela política, mas em boa parte
consciência (mesmo que difusa ou alienada) de que o poder não está no
Parlamento Europeu, que ao elegermos deputados europeus não estamos afinal a escolher
quem vai governar a Europa.
Mas se, pela primeira
vez, a participação eleitoral sobe acima dos 50%, tal não pode significar o
emergir de uma consciência primária da necessidade de substituir o Federalismo
financeiro, que agora reina na União Europeia, por um Federalismo Democrático
de estados soberanos capaz de enfrentar os males da globalização e a sua crise
ambiental?
(Federalismo não
significa o fim da soberania, mas o atual Federalismo que impõe aos países em
dificuldades o orçamento austeritário significa de fato perda de soberania, o
orçamento nacional é o principal instrumento de governação autónoma e soberana
de qualquer tipo de democracia)
O Federalismo Democrático
de estados soberanos, não enfrenta, ao mesmo tempo, os desafios da globalização
e o nacionalismo chauvinista que é, aparentemente, a única via para proteger as
nações do diktat dos mercados financeiros e dos seus obscuros agentes, fundos e
empresas?
Há 8 anos, a crítica a um
artigo de F. Louçã sobre o Federalismo e a questão da saída da União Europeia
(que, neste ponto, mudou de opinião, legitimamente), cujo conteúdo se insere na
reflexão acima exposta.
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