Até ao início da crise
financeira em 2008 e a sua transformação, a partir de 2010, em crise da dívida soberana e de austeridade
para as nações e os povos, pela ação conjugada dos governos socialistas e
conservadores, estes partidos, filiados no S&D_Grupo da Aliança
Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu e no
PPE_Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos), monopolizaram praticamente
os governos da Europa (no Reino Unido, o partido no poder filia-se nos Conservadores
e Reformistas Europeus), e distribuíram entre si os lugares cimeiros da
burocracia comunitária, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu. Tal
como em Portugal, onde os seus líderes e a sua clientela política, financeira e
de “comentadores políticos”, proclamaram a prevalência dos três partidos do
“arco do poder” até à consumação da democracia.