Na mais
recente sondagem, a soma das percentagens dos partidos da direita é de 23 AD+14,5
Ch+5,7 IL=43,2 % %
O PS alcança 24,4%
E a soma dos partidos à esquerda é 5 CDU+4,3 L+2,9 PAN+2,5 BE= 14,7%
Estes valores foram certamente influenciados pela queda da máscara dos governos imperialistas dos EUA e dos seus aliados, cúmplices no genocídio dos palestinianos e no prolongamento da trágica guerra entre os povos da Russa e Ucraniana, assim como pela tomada de consciência coletiva de que o Chega não deu nenhum contributo positivo para beneficiar a nação portuguesa.
Mas indiciam também 3 tendências políticas, já reveladas nas eleições para o Parlamento Europeu:
_ O Chega perdeu nas eleições europeias 900.000 votos e ficou abaixo da votação doa 4 partidos de esquerda referidos, a uma distância de 150.000 votos; nas eleições regionais da Madeira baixou quase 40% no número de votos; agora, continua em perda e está de novo abaixo desses partidos: 14,5% para os 14,7% da esquerda.
_ O PS só poderá governar com base num acordo com os quatro partidos, a previsão soma 24,,4 + 14,7 = 39,1%
_ A CDU, o Livre, o PAN e o BE, poderiam ter constituido uma frente democrática em torno de um programa mínimo, que lhes daria força política para negociar e influenciar a governação do país.
No passado, os ideólogos da direita cometeram o erro de avaliar essa aliança como uma geringonça, prestes a desconjuntar-se.
Num período mais recente, o PS convenceu-se que poderia governar sozinho, com base num programa de concessões à direita e à extrema-direita, ignorando que a mesma linha política levou ao ocaso os partidos que aderiram à Internacional Socialista no Leste e, antes, na Itália, transformaram o PASOK grego e o PDF francês em forças residuais e o SPD alemão e o Partido Trabalhista Britânico em sombras do que já foi propagandeado como o socialismo democrático.
De há algum tempo para trás, as direções do PCP e do BE, pressionadas pela
propaganda da direita, aceitaram a tese de que foi essa aliança com o PS a
causa principal da sua queda eleitoral, sem que esse balanço assentasse na vos
do povo, que ao contrário, percecionou primeiro o perigo iminente do ascenso do
ideário da extrema-direita e procurou no PS a única barreira possível para a
conter_ como solução de governo.
É por ser assim e por a CDU constituir a única força que concentra a sua ação política entre as classes populares e em todos os setores sociais patriotas, articulando-a com a ação parlamentar e autárquica, que, a constituição de um governo de base PS e a sobrevivência futura das forças políticas à esquerda conduz os cidadãos com maior consciência política a apoiar agora a CDU, sem que se tenham de se identificar com o ideário socialista e comunista. A votação na Madeira, em que a CDU ficou a escassas
dezenas de votos de reeleger o seu deputado, aponta no mesmo sentido.
Faltará ao PCP reconhecer criticamente que há vários modelos históricos para o socialismo e que, o assumir até ao fim da defesa da URSS_ já transformada em potência imperialista ou da Coreia do Norte, que em 1975 rejeitou a doutrina marxista-leninista e a substituiu pelo ideário Zuch ( "A pátria acima de tudo" e por um regime dinástico), o impede ainda hoje de travar o seu combate ideológico do lado das novas experiências históricas do socialismo ecológico e da ecocivilização.
A
ameaça presidencialista
Devemos ainda ter presente que, já anteriormente
e de novo desde a chegada da Troika, a estratégia de subversão da democracia
constitucional passa pela eleição de um presidente que concentre os poderes e esvazie
a constituição de abril com o autoritarismo presidencialista. Esse é risco que
torna a eleição presidencial que se avizinha uma nova dimensão política, tal
como aconteceu na disputa que levou à presidência Mário Soares, face a Soares Carneiro.
Assim tem sido no Leste da União Europeia… e
agora nos EUA.
O Resultado da sondagem
A pouco mais de um mês das legislativas marcadas para 18 de maio, os socialistas têm agora um registo de 24,4%, mais 1,3 pontos percentuais do que em março, enquanto a AD está nos 23%, menos 3,5 pontos do que no mês passado.
O Chega mantém-se (?) destacado na terceira posição, com 14,5% (mais 2,2 pontos), e consegue distanciar-se mais da IL, que regista uma queda de 3,5 pontos percentuais, ficando agora nos 5,7%.
Com uma subida de 3,2 pontos face a março, a CDU está agora próxima, com 5% das
intenções de voto, seguida do Livre, com 4,3%, praticamente o mesmo que tinha
em março.
Quase inalterado face à última sondagem da Intercampus está o PAN, que reúne 2,9% das intenções de voto, e o Bloco deEsquerda, que passa para último lugar, com 2,5%.
Sem comentários:
Enviar um comentário